No dia 19 de março postei um texto referente a minha primeira
tentativa de compreensão á lógica programática, percebi que ainda sim estava
relacionando os objetos com uma visão finalística buscando sempre um fim
determinado individualmente para os objetos. Repensando a lógica programática e
também tendo conhecimento de conceitos do Livro Lições de arquitetura como polivalência,
funcionalidade e flexibilidade, repensaram a relação entre os objetos da sala,
partindo de um principio de que os objetos seriam estruturas que permitiriam
trocas, não sendo totalmente programático, mas assumindo uma função pré-
determinada, mas que adquirisse infinitos valores adicionais.
Então, relacionei a caixa transparente com a
caneta, a esponja e o anel. Criei uma estrutura onde era possível introduzir
coisas verticalmente na superfície da caixa através da esponja. Os pedaços da
esponja seriam colocados em cada repartição da caixa transparente, com isso a
caneta e outros objetos pontiagudos poderiam ser fixados na esponja. A ideia
era criar um suporte articulado, onde as coisas possam ficar visualmente
expostas, poderia o objeto servir como um porta lápis, ou como um porta anel,
um jogo de argolas, tirando a caneta ou outros objetos que ficariam
verticalmente na caixa, ela volta a fechar e pode servir como um molde para
coisas que querem ter a forma de cubo. Fica em aberto a utilização desse
objeto, porem partindo de um pré-determinado que seria uma caixa .
Abaixo um simples esboço do que foi
pensando, tentando relacionar os objetos não na sua funcionalidade em si, mas
utilizando dessas para chegar a outros objetivos:
Além dessa abordagem, pensei nesses objetos
como transportes que mudam um espaço, como na primeira aula de AIA que os professores utilizaram das mídias visuais e sonoras para
que a turma inicialmente criasse um projeto, através do controle individual de
cada aluno do player . Assim cada um controlava seu som, porém o conjunto
sonoro era resultado de acasos pre-determinados . Pensei com essa mesma lógica,
deixando possível que um grupo de pessoas se apropriem desses objetos para que possam fazer sons e
musica. Esses indivíduos poderiam colocar a tampa da caneta e o anel dentro da
caixa para obter um som, poderiam usar a torre para criar um som percussivo no
livro, a caneta também poderia ser uma baqueta que tira sons ao entrar em
contato com os outros objetos, e o radio poderia ser sintonizado ou não em
qualquer frequência poderia estar alto ou não. Tudo isso modificaria um
ambiente de um lugar, e esses objetos juntos, poderiam ser usados, por exemplo,
em aulas de crianças que tem dificuldades auditivas e de coordenação motora a
desenvolver mais seus sentidos, ou poderiam ser usados, por exemplo, para que
uma turma de faculdade entendesse a lógica programática, poderiam ser usados
para criar sonoplastia de algum programa ou peça teatral, e muitos outros
acasos.
Abaixo um simples esboço da ideia: